domingo, 16 de outubro de 2011

Enérgico Whisky 21

Àqueles que não sabem amar e viver
Só tenho a ignorar e não ver
Só tenho a desejar o adeus
Pois num gole de cerveja, Whisky 21
nos faz esquecer de coisas que precisamos deixar pra trás

O livro da estante eu levo pra rua... tropeço nas palavras
E clamo poesias às nuvens negras e o sol sobre os concretos...
A felicidade não me interessa e a tristeza não me serve
Embriagado só sinto vontades...
e vontades já não tem nomes,
sem endereço nos levam a inconseqüências
que jogam em nossas caras aquilo mesmo que nós somos

Adultos bobos demais... capazes de loucuras...
Sabe!
Eu vou assumir que sou um louco, insano e rabugento!!!
Dizer o que penso sem registrar em cartório
Sem fantasiar as frases pra não machucar... pois, apesar machucar faz parte...
Tolerar mais de mim... de você... de todos
Somos tolos, vivendo em quadrados pra ninguém besbilhotar
Nossas concepções... nossos desejos mais íntimos!

Fazer por merecer é para as crianças...
Vamos lá, acordemos para mais um gole
Whisky 21 e o enérgico, um trago e uma carreira!
Comprador, servente, gerente, sei lá...
Todos vamos pro mesmo lugar...
Rei, servo, imperador e operário
Vamos esquecer o conto do vigário
Vamos dizer mais daquilo que nos estremece...

Continuar na noite que amedronta os mortais
Mas não a nós...
Mais gole e a vida roda sem sentido... e o poste é nosso amigo...
Nunca morreremos.. somos jovens ainda...


Fernando da Silva Ribeiro (Sinnentleerten)


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ação e Reação

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URBANÓIDE (Diogo Salles)

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Certo dia fui até a “boca” comprar um punhadinho de maconha para extasiar-me e tentar fugir um pouco dessa rotina louca e subserviente a que me exponho no trabalho todos os dias...
Quando já estava de saída da viela, na porta fui abruptamente abordado por uma viatura com dois policiais militares, que solicitaram imediatamente que eu parasse e colocasse as mãos na parede, pois iriam me revistar.
Percebi que eles não foram tão rudes comigo como quando em outras ocasiões pude os observar enquadrando os próprios traficantes da viela, talvez pela minha vestimenta que denunciasse na visão tosca deles que eu pudesse ser um filho de algum porco capitalista poderoso... Sei lá.

Ao acharem o tal saquinho com marijuana em meu tênis, logo me perguntaram sarcasticamente o porquê de um "playboy"  precisar consumir um entorpecente ilegal.
E eu, já acostumado a levar enquadros sempre calado, ouvindo esses imbecis tentando dar uma espécie de lição de moral, decidi pedir licença para responder aquela questão com uma leve perguntinha.

E a fiz antes mesmo de concordarem:

--- E porque os senhores vão todas as noites depois dos seus gloriosos serviços ao bar tomar cachaça e discutir um assunto tão bonito como o futebol brasileiro, enquanto suas mulheres estão em casa tomando Rivotril todos os dias por sentirem que a vida é uma merda?

Eles se entreolharam, e ficaram em silêncio por mais ou menos cinco segundos.

Logo, tomei um tapa tão forte em minha nuca, que aprendi de uma vez por todas a "insana lei da ação e reação".


Fernando da Silva Ribeiro (Sinnentleerten)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Aos que só rezam


Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas com a máscara de V de Vingança em pleno show do Rock in Rio

Rock in Rio... hmmmm

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Interpretação do último post

No último dia 25 postei uma narração em primeira pessoa de um cara ex viciado em cocaína que encontrava-se trabalhando numa empresa a quatro meses e que decidiu colocar um fim a vida de sua supervisora no trabalho.

A princípio parece ser um texto simples.  Porém, foram muitos questionamentos referente a atrocidade e gratuidade do ato do rapaz, e o vácuo de algumas pessoas que de repente não pescaram a mensagem por trás da pequena história trash me deixa incumbido de explanar um pouco sobre o que eu tentei expressar...

O texto é uma analogia não muito palatável e a cocaína vem para representar a fé...
Cremos por vício.
A crença (em suas diferentes vertentes) é nosso vício cultural, perpassado por nosso pai e nossa mãe, nosso avô e nossa avó, nossos professores, amigos, etc. todos que mostraram uma imagem semântica de Deus e Símbolos que serviriam como responsáveis por aquilo que nossa mente ainda infantil seria incapaz de pensar e formar opinião...

domingo, 25 de setembro de 2011

Podre, Pobre e Rabiscada

Acordo com o celular tocando alto pela terceira vez em quinze minutos, são cinco e meia da manhã. Levanto sonolento e me deparo com olheiras enormes deixando claro que não tenho uma boa noite de sono há algum tempo.
Não durmo bem por vários aspectos, e se me perguntarem algum em especifico não conseguirei sem  que aponte junto os outros motivos.

Trabalhar, estudar... Chego em casa meia noite e quarenta e tenho de me preocupar em como administrar a minha chefe no serviço.
Aceitei esse emprego por desespero, indicado por um amigo de outro setor... um salário idiota... Precisava pagar as contas atrasadas.
Mas hoje é assim, você não trabalha para ganhar seu sustento e sim para aturar pessoas... Você é pago para isso.
Eu poderia, nesses meus vinte sete anos de idade, olhar para as relações que somos obrigados a aturar de uma forma infantil, espiritual.. Pensar que por trás de tudo tem um motivo, mas não consigo. Sou tomado de ódio nesses quatro meses que estou trabalhando junto dessa mulher.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Viral nas Sombras


Acordando cedo e indo trabalhar
Vivendo pra não morrer, morrendo pra se atrasar
Atrasando os ponteiros que insistem em girar...
Roendo as unhas segurando o desejo em uivar
Um gole de café e um estalo em seus dedos
A dor nas costas frente à viagem entre morcegos...
Não mais sonhar, não mais querer
Querendo um pouco mais do que já se tem
Não mais vencer, não mais amar
Amando a solidão dos metrôs em vai e vem

O cinza frio
O jaleco escuro
O grito abafado pelo silêncio dos muros
Cercas e alarmes
Felicidades e dor
A cor de tantos em contraste de tristeza e horror

Cadê aquela ingenuidade e crença?
O gosto amargo assinando a sentença
De uma vida fria no bloqueio insone
Mesa farta de alimentos podres

Quem vai dizer que ele não viveu?
Quem irá mentir dizendo que ele não existiu
Caiu, dançou
Sem identificação
Identificado em nuances na multidão
Sem voz dizendo o que todos dizem
Sem direção seguindo as diretrizes
Cegueira ardendo enternecendo a carne
Viral nas sombras no presente único que invade

Não mais crescer! Não mais brindar!
Mirando as nuvens e no vento se soltar
Atalhos...
A mentira que rachou explicações que nunca virão...
Na  sensação de sumir vivendo o que não sabe
Imprimindo rabiscos de Sade
Engolindo por engolir, mastigando por precisar
Vícios  na brisa de um pensamento que me ilude ao elucidar...

E em torpor,
Ao sorrir o que eu sou?



F. Sinnentleerten

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