segunda-feira, 2 de março de 2015

.Descontrole, Sonhos e Dimensões

...Nem tudo pode ser controlado; certo?
O descontrole quando bate a porta nos atormenta; nos faz pensar, desconstruir... reorganizar...
Muitas vezes uma situação que não podemos controlar só tráz desconforto, fixação, até dor

Mas, estranhamente foi assim...
Tentando ter controle me descontrolei, passei direto, avancei sinais...
Muitos sinais
Olha só... Era pra ser tudo diferente,
fazer contigo aquilo que já havia feito em outras situações e lugares...
Tentar separar corpo da mente, desejo da razão, e por fim dar aquilo que de mais instintivo existia em mim,
Tirar de ti tudo aquilo que de mais insano havia em você

Mas quando tudo girou ao meu redor fui afundando nessa areia movediça,
me despindo, me mostrando, expondo quase tudo o que sou.. rs... quase!!!

Sei lá... O que mais sei é aquilo que eu não sou...
Sei que não sou um Grey, que tenho minhas deficiências em demonstrar o que realmente sinto,
dificuldade em ser gentil o tempo todo, em conduzir as coisas de maneira pragmática, entre outras coisas...
Sei que a síndrome de Peter Pan me explora,
que minha personalidade se rasga entre minhas responsabilidades e minhas paixões,
entre o que quero e o que tenho de fazer...

Mas as horas que passaram naquela noite de sexta-feira geraram coisas estranhas...
Misturas químicas, mágicas; contatos diversos que me elevaram a uma condição explosiva...
Suas reações, a escuridão, as músicas... pequenas mentiras, pequenas verdades
Esconderijos de afetos, ler uma poesia pra você...
O que pairava no ar me entorpecia numa brisa leve que anestesiava toda agudez daquela maluquice
Minhas intensões se intensificaram, geraram tensões, chegaram ao ápice em velocidade extrema...
explodiram...
Chata!!! Você me agitou rs... Não tive como controlar...

Foi inevitável me perder em coisas simples
Em sentir o seu cheiro, provocar suas reações e comportamentos,
tirar de você pequenas revoltas diante dos meus desejos,
fixar no seu olhar...
Sua boca úmida, lenta e flexível...
Inflei ao perceber que tinha coisas escondidas dentro de você,
que existiam sim mãos querendo tatear, a pele ansiando contato... desejando não querendo desejar

E ao penetrar, ao adentrar
Ao quebrar os bloqueios no banco de trás, ao burlar as pequenas regras que nos dividia...
no risco, na veleidade, no suspiro, nas unhas...  a noite se infiltrou em mim,
meus olhos se fecharam,
pensamentos se voltaram para a inocência de vivenciar a ti e o teu semblante
que de sonolência virou fera
que expunha no gemido baixo o propósito, a ânsia, a fome e a sede... o tesão
seu pescoço arrepiando .. As curvas do seu corpo me convidando,

foi intenso, rápido demais...

E agora... Esse gosto em mim
que tatuou em meu ego as lembranças, os carinhos, o cafuné depois do ato
Fazendo meu mundo desandar... me perdendo ao te encontrar
o fluxo perfeito, intenso, ilícito
Desse vício... quero mais, (será que é certo??)
quero o conforto de uma cama pra te jogar, subir e fazer mais, dar mais rs... Expandir
consumir dessa substância nua, e me embriagar...
Rabiscar mais um capítulo dessa história insensata e que me faz voar.... voar...... voar....... voar


Fernando Ribeiro

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