terça-feira, 30 de julho de 2013

Dicotomias e Caricaturas

Seríamos os Reformados?
Quase que profeticamente reformados “tout court” por uma mão invisível que Adam Smith descrevera no século XVIII? 
Estaríamos sendo educados hoje para que vícios “bolcheviques” do passado não pudessem emergir como toupeiras novamente e colocarem em cheque todas as escolhas políticas que a sociedade fez ao longo de nossa recente história moderna?
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Reformados enfim como se tudo em volta fosse uma mera escolha entre a dicotomia homem lobo do homem (Hobbes) e homem bom, estragado pela vida em sociedade (Rousseu)? Como se nascêssemos maus e a sociedade fosse a responsável por nos tornar bons? Ou como se nascêssemos bons e a sociedade fosse a causadora de nossos males e vícios? Como ser ateu ou crente? Político ou apolítico? Etc, etc, etc... 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Um vício?

"...Quem fez da modéstia uma virtude esperava que todos passassem a falar de si próprios como se fossem idiotas. O que é a modéstia se não uma humildade hipócrita através da qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não tem?..."


(Arthur Schopenhauer)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Sagrado e Profano"

"...Seja o que for, artifício ou natureza, isso que nos imprime a condição de viver da comparação com outrem, faz-nos muito mais mal que bem. 
Privamo-nos daquilo que nos é útil para atender as aparências e a opinião dos outros. Não nos importa tanto saber o que é nosso ser em si e em efeito quanto saber o que é ele para o conhecimento público. 
As próprias riquezas do espírito e a sabedoria nos parecerão infrutíferas se só forem desfrutadas por nós, se não forem produzidas para a vista e aprovação alheia..."   


(Michel de Montaigne)

domingo, 21 de julho de 2013

"...Vaidade..."

"...Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo!
E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou
Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!..."


(Florbela Espanca)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Dialética e Decálogos

O barulho da cegueira faz nascer uma curiosidade tal, que com o passar do tempo se transforma no mal... impulsionado pelas nossas vontades mais normais, que por serem cegas não as administramos, simplesmente as criamos e as trazemos a superfície real de nossos dias. Viciados dias...

É assim como despertar de um sonho quando aprendemos a enxergar e a nos perceber novamente... um milagre que nos faz saltar as lágrimas ao sentir que tateamos as formas, cheiros e barulhos que nos rodeiam com outra percepção... com o olhar... ingênuo e balbuciante olhar... pedante e jovem olhar...

Reavaliar, ter finalmente a oportunidade de reavaliar... Eis o grande milagre que faz nascer a nossa vã filosofia... Debaixo dos trópicos como indivíduos nos achar, nos doutrinar através de nossos anos no subsolo cego, escuro... Eis onde brota o significado que antes tentávamos dar as coisas mas que por falta de olhos, por falta de cor não tínhamos a mínima habilidade e nem sensibilidade para tal...

É quando o mundo não é ruim por que é ruim ou bom por que é bom, e sim o nós se enternecendo em nós mesmos e esbarrando em tudo que antes já esbarrava sem a preocupação determinista  interligada com os códigos... é simplesmente um "foda-se" aos códigos... um "foda-se" a um "falar bonito", a um "estar com a razão"... é nós com nós mesmos, verdades e mentiras... mais mentiras do que verdades, mais sozinho que com amigos, tão inimigo quanto amigo, mais volátil do que fixo... 

Mais livre parado do que escravo andarilho... Eis a corrosão...

terça-feira, 9 de julho de 2013

Longe das Praças


A probabilidade do caos incomoda aqueles que após terem acendido a chama do conhecimento através da dialética e também de seus atos empíricos, começaram a julgar que nada seria mais justo do que através da razão tentar ordenar os fatos para que fosse construído o concreto que basearia teoricamente tudo o que pudessem tocar no âmbito do pensamento. É assim a filosofia política , a filosofia da educação que pretendem responder ou quase que por vício ditar quais devem ser as indagações alheias de seus alunos, colegas e qualquer um que porventura atravessem o seu caminho "profissional".

A sabedoria da academia, econômica e política tem seu fim marcado antes mesmo de seus meios, e nesse exercício predatado, por mais que tentem parecer esteticamente como guerreiros contra algozes da ignorância , se prendem fundamentalmente nos elementos constitutivos básicos dos quais a totalidade do universo seria constituída  "dentro de sua cabecinha". 
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