domingo, 22 de setembro de 2013

Peter Pan no Asfalto

E assim eu cresci... 

Um Peter Pan talvez? Acho que não, não sou brincalhão, e não vivo de aventuras mágicas... Alíás, minhas aventuras parecem bem trágicas por sinal...

Eu cresci assim, lendo, ouvindo música, fazendo arte, trabalhando...  
Administrando meus vícios (muitas vezes sem sucesso) fui estabelecendo uma relação com a cidade que me criou... São Paulo e eu temos uma relação de amor e ódio. Ela me ofereceu os melhores lugares para estar, momentos com pessoas inesquecíveis, mas também foi muito hostil em alguns outros momentos também... 
Seus muros e suas cercas sempre bem delineadas estabeleceram comigo a ponte de diálogo onde por muitas vezes pude questionar as relações de poderes, e perceber o quanto não somos livres e quão é difícil ter uma ideia de liberdade e quão ambígua ela pode parecer.

sábado, 14 de setembro de 2013

Moléstias Mentais

A loucura como Erasmo de Rotterdam descrevera estaria em tudo... Como uma deusa estaria nas entranhas das coisas, nos símbolos, na linguística, nas relações, dentro e fora das pessoas estabelecendo a energia vital para que negássemos o caos como probabilidade em prol de regrinhas morais "civilizadas e humanizadas"... 

Quem o leu sabe que brincava, que aludia para desdenhar aqueles que se escondiam atrás da hipocrisia e da mediocridade, e que se aproveitavam dos desenhos hierárquicos sociais para comandar as mentes com mentiras, absolutismos, celibatos e formas idiotas de estados de honra... 

A obra de Erasmo influenciou muita gente durante o século XVI e até hoje é lido assim como Calvino na França e Lutero na Alemanha (porém, esses últimos voltados a uma nova postura e doutrina perante aos ensinamentos de Deus, o protestantismo).


terça-feira, 6 de agosto de 2013

"Uber!"

"...A linguagem é antes a casa do ser; ao morar nela o homem existe, a medida que compartilha a verdade do ser, guardando-a. O que importa portanto, na definição da humanidade do ser humano enquanto existência, é que o essencial não é o ser humano, mas o ser como a dimensão do extático da existência..."

(Martin Heidegger)

terça-feira, 30 de julho de 2013

Dicotomias e Caricaturas

Seríamos os Reformados?
Quase que profeticamente reformados “tout court” por uma mão invisível que Adam Smith descrevera no século XVIII? 
Estaríamos sendo educados hoje para que vícios “bolcheviques” do passado não pudessem emergir como toupeiras novamente e colocarem em cheque todas as escolhas políticas que a sociedade fez ao longo de nossa recente história moderna?
]
Reformados enfim como se tudo em volta fosse uma mera escolha entre a dicotomia homem lobo do homem (Hobbes) e homem bom, estragado pela vida em sociedade (Rousseu)? Como se nascêssemos maus e a sociedade fosse a responsável por nos tornar bons? Ou como se nascêssemos bons e a sociedade fosse a causadora de nossos males e vícios? Como ser ateu ou crente? Político ou apolítico? Etc, etc, etc... 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Um vício?

"...Quem fez da modéstia uma virtude esperava que todos passassem a falar de si próprios como se fossem idiotas. O que é a modéstia se não uma humildade hipócrita através da qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não tem?..."


(Arthur Schopenhauer)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Sagrado e Profano"

"...Seja o que for, artifício ou natureza, isso que nos imprime a condição de viver da comparação com outrem, faz-nos muito mais mal que bem. 
Privamo-nos daquilo que nos é útil para atender as aparências e a opinião dos outros. Não nos importa tanto saber o que é nosso ser em si e em efeito quanto saber o que é ele para o conhecimento público. 
As próprias riquezas do espírito e a sabedoria nos parecerão infrutíferas se só forem desfrutadas por nós, se não forem produzidas para a vista e aprovação alheia..."   


(Michel de Montaigne)

domingo, 21 de julho de 2013

"...Vaidade..."

"...Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo!
E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou
Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!..."


(Florbela Espanca)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Dialética e Decálogos

O barulho da cegueira faz nascer uma curiosidade tal, que com o passar do tempo se transforma no mal... impulsionado pelas nossas vontades mais normais, que por serem cegas não as administramos, simplesmente as criamos e as trazemos a superfície real de nossos dias. Viciados dias...

É assim como despertar de um sonho quando aprendemos a enxergar e a nos perceber novamente... um milagre que nos faz saltar as lágrimas ao sentir que tateamos as formas, cheiros e barulhos que nos rodeiam com outra percepção... com o olhar... ingênuo e balbuciante olhar... pedante e jovem olhar...

Reavaliar, ter finalmente a oportunidade de reavaliar... Eis o grande milagre que faz nascer a nossa vã filosofia... Debaixo dos trópicos como indivíduos nos achar, nos doutrinar através de nossos anos no subsolo cego, escuro... Eis onde brota o significado que antes tentávamos dar as coisas mas que por falta de olhos, por falta de cor não tínhamos a mínima habilidade e nem sensibilidade para tal...

É quando o mundo não é ruim por que é ruim ou bom por que é bom, e sim o nós se enternecendo em nós mesmos e esbarrando em tudo que antes já esbarrava sem a preocupação determinista  interligada com os códigos... é simplesmente um "foda-se" aos códigos... um "foda-se" a um "falar bonito", a um "estar com a razão"... é nós com nós mesmos, verdades e mentiras... mais mentiras do que verdades, mais sozinho que com amigos, tão inimigo quanto amigo, mais volátil do que fixo... 

Mais livre parado do que escravo andarilho... Eis a corrosão...

terça-feira, 9 de julho de 2013

Longe das Praças


A probabilidade do caos incomoda aqueles que após terem acendido a chama do conhecimento através da dialética e também de seus atos empíricos, começaram a julgar que nada seria mais justo do que através da razão tentar ordenar os fatos para que fosse construído o concreto que basearia teoricamente tudo o que pudessem tocar no âmbito do pensamento. É assim a filosofia política , a filosofia da educação que pretendem responder ou quase que por vício ditar quais devem ser as indagações alheias de seus alunos, colegas e qualquer um que porventura atravessem o seu caminho "profissional".

A sabedoria da academia, econômica e política tem seu fim marcado antes mesmo de seus meios, e nesse exercício predatado, por mais que tentem parecer esteticamente como guerreiros contra algozes da ignorância , se prendem fundamentalmente nos elementos constitutivos básicos dos quais a totalidade do universo seria constituída  "dentro de sua cabecinha". 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Manifestações... A falta de Marat

As manifestações que mexeram com o país nas últimas semanas é um fenômeno bacana se analisarmos o quanto ele é capaz de provocar reações políticas do Estado sem que se tenha um partido ou um interesse único por trás a não ser a própria insatisfação do indivíduo frente a má administração dos recursos de nossos governos. Uma explosão causada pelo estopim mascarado dos R$0,20 a mais na passagem do ônibus em São Paulo, mas com todo o peso de outras questões velhas e novas que permeiam nossos dias urbanos como: cura gay, pec37, corrupção, inflação, desvios de tudo aquilo que pagamos em impostos para setores que não deveriam ser potencializados economicamente, etc... 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

La Prisión


Tantas coisas que deixamos ir... desprendemos aquilo que nos prende a elas e seguimos... fingimos esquecer do contato e das lembranças... Na promessa fúnebre de que a perturbação não virá dar suas caras e suas cartas mais cedo ou mais tarde.

Mas a nostalgia sempre vem, ela aparece como um mendigo bêbado não cogitado e nos veste a mente sempre que exaurimos algo que remete ao que passou... num cheiro, num gosto, num tato, num símbolo e logo somos tomados pela lembrança ali presente... Ou seja... é impossível esquecer o que passou, o que fez parte, o que nos tocou em algum momento no passado...  Nosso passado nos molda como as mãos do artesão modela a argila. perceptivelmente vazia mas formada, delatora  de uma causa. A causa de nosso ser e estar, do mal estar.

O futuro como algo nítido não existe. Como o concreto, é uma criação de nossa mente. Criamos o futuro como discernimos a cidade, na veleidade de nossa sanidade sempre expostos ao erro, ao sintoma típico de ser um homem colocado em meio ao caos tomado pelas ranhuras e apetrechos.

E por fim no presente tencionamos tudo... passado, e futuro. O desencantamento do mundo nos prende, lembramos do que vivemos cada vez mais incorporados, tomados pelos anseios que possam saciar a sede formalizada em afeto, certo e cômodo. Incomodados com o peso do corpo, com o peso dos dias, com o peso. 

Duros nos tornamos, em pé, vestidos, conscientes de uma vida, de uma existência amordaçada pela ciência, a loucura e o discernimento, cada vez  mais aprofundados no decorrer e na absorção dos dias que nos fazem estar então na "idade da razão".  


F. Sinnentleerten

domingo, 17 de março de 2013

... Na escalada

"...Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração..."

Eclesiastes 7.2



domingo, 10 de fevereiro de 2013

Servir-se da sua própria razão

"...A cultura é uma das formas de libertação do homem. Por isso, perante a política, a cultura deve sempre ter a possibilidade de funcionar como antipoder. E se é evidente que o Estado deve à cultura o apoio que deve à identidade de um povo, esse apoio deve ser equacionado de forma a defender a autonomia e a liberdade da cultura para que nunca a acção do Estado se transforme em dirigismo..."


Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A favor ou contra a revolução francesa?


Só consigo dialogar com pensadores que tiveram a contundência frente aos obstáculos exercidos pelo niilismo... E isso não é uma questão de números e de leis, mas sim a subjetividade em conflito junto ao que temos e o que representamos... com inferno sendo os outros, e se isso não for uma certeza, ou muito menos um circuito da verdade, então ficamos prolixos, presos a demonstrações e ensinamentos advindos de pensadores que NÃO tiveram a contundência frente aos obstáculos exercidos pelo niilismo.
  
Sinnentleerten, F.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A virtude CONTEMPORÂNEA E MODERNA

"...A virtude CONTEMPORÂNEA E MODERNA é uma espécie de ato e pensamento que segue uma cartilha. E o vício aquilo que se desenquadra.

Não elogio simplesmente o vício e lógico que não podemos generalizar que tudo na virtude seja ruim e no vício seja bom, mas com uma ampliação da perspectiva sobre suas funções acredito que podemos chegar mais perto da ética aristotélica, que tem como objetivo final ANTES da felicidade, assegurar que o indivíduo consiga ver suas convicções passíveis de transformações independente de sua essência, com a potencialização de seus sentidos, e assim peneirar as coisas sem ficar preso as imposições primárias da vida em grupo. Um eterno questionar metafísico.
Pois só ajustando e modificando as disposições é que conseguimos chegar perto da racionalidade realmente compatível com nosso caráter.

Como acredito que a razão é uma coisa que NÃO se ensina utilitária e politicamente, mas sim que o próprio indivíduo é capaz de lapidar conforme sua rebelião interna vai dando abrigo ao devir, acho que a aceitação dos vícios e uma negação da virtude imposta é primeiro passo para a independência do pensamento (uma certa inversão de alguns valores).

Quando você lê os livros que você quer, indo ao sebo e a livraria, procurando algo compatível ao que está pensando e buscando em seu movimento filosófico, é muito mais independente daquilo que na academia professores lhe indicam para ler e que logo terá de fazer prova para mostrar o que entendeu...
Na academia seu pensamento, suas virtudes e vícios intelectuais estão expostos ao julgamento.

Como o Liceu de Aristóteles morreu (Que enxergava que o homem só é feliz se puder desenvolver e utilizar suas capacidades e possibilidades para uma vida boa e digna), hoje só ficou essa forma de estudar em que um professor dá a direção "correta" e o aluno tem de caminhar por aquele caminho, onde o caráter do professor tem de ser respeitado sem levar em conta o aluno (aliás muitas escolas adoram dizer que respeitam o aluno como "ser humano", ou seja, já descarta a possibilidade de analisá-lo sem ideologia), vejo que seria papel sim do Estado a educação, mas filosoficamente acho que o papel do pensador é sair dessa onda política e entrar muito mais como um agente que possibilita a provocação e a reflexão do que alguém que dita a direção.

Isso sim seria Aristóteles nos dias de hoje. Algo mais visceral no que diz respeito a assuntos e dilemas envolvendo vícios e virtudes e nada pragmático..."

Fernando.Sinnentleerten

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Correção

Correção! Não deves compreender a ida. 
Acorda cedo... Acorda pra ver quanto tempo perdeu com tanta areia na vista.
O corpo decompõe... o corpo decompõe aos poucos e não há nada que devolva a sensação de ainda termos tanto a viver, termos tanto a ver com correntes nas pernas; e a boca em xilocaína não deixando saber, não deixando sentir o gosto das sobremesas pelas quais trocamos nossas vidas.
Correção! Em "dialética materialista" erguemos estátuas faraônicas que representam arquétipos da satisfação em versões que não rodam em Linux, e que não vão deixar teu acesso ultrapassar a segurança da rede.


O que farias ao constatar que a Dolly de Jeová tem o DNA de Gates e Lênin, e que curamos a revolução sexual com sarcomas de kaposi e nosso quintal armazena teus erros e acertos; e que brindamos ao mesmo "O Capital" estudado em Harvard e pelo qual reciclamos utopias em petróleo?
Pandora, agora é tarde demais, o Zyklom B está por toda parte e estáticos frente a comerciais movemos dínamos e engrenagens: Trabalhar e prosperar, estudar e alcançar o nirvana patriarcal... Aprender a processar e a parcelar as dívidas.
Kafka, morfina e Anthrax.

Correção! Música popular deve anestesiar as mentes em refrões atóxicos...

Nenê Altro

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Tonight, Tonight

Opção


“...Decorre que não existe o sim e o não, o querer e o negar, o viver e o morrer... No fim, o que evidencia nossa passagem pela existência são nossos sentidos, que de maneira absurda frente ao caos absorve e repele tudo, mesmo quando opta pelo nada...” 

Fernando Sinnentleerten

...A verdadeira substância de toda a arte...

"A serenidade não é feita nem de troça nem de narcisismo, é conhecimento supremo e amor, afirmação da realidade, atenção desperta junto à borda dos grandes fundos e de todos os abismos; é uma virtude dos santos e dos cavaleiros, é indestrutível e cresce com a idade e a aproximação da morte. É o segredo da beleza e a verdadeira substância de toda a arte. 


O poeta que celebra, na dança dos seus versos, as magnificências e os terrores da vida, o músico que lhes dá os tons de duma pura presença, trazem-nos a luz; aumentam a alegria e a clareza sobre a Terra, mesmo se primeiro nos fazem passar por lágrimas e emoções dolorosas. Talvez o poeta cujos versos nos encantam tenha sido um triste solitário, e o músico um sonhador melancólico: isso não impede que as suas obras participem da serenidade dos deuses e das estrelas. O que eles nos dão, não são mais as suas trevas, a sua dor ou o seu medo, é uma gota de luz pura, de eterna serenidade. Mesmo quando povos inteiros, línguas inteiras, procuram explorar as profundezas cósmicas em mitos, cosmogonias, religiões, o último e supremo termo que poderão atingir é essa serenidade." 

Hermann Hesse, in 'O Jogo das Contas de Vidro'

Quanto mais...


"Se examinarmos um indivíduo isolado sem o relacionarmos com o que o rodeia, todos os seus actos nos parecem livres. Mas se virmos a mínima relação entre esse homem e quanto o rodeia, as suas relações com o homem que lhe fala, com o livro que lê, com o trabalho que está fazendo, inclusivamente com o ar que respira ou com a luz que banha os objectos à sua roda, verificamos que cada uma dessas circunstâncias exerce influência sobre ele e guia, pelo menos, uma parte da sua actividade. E quantas mais influências destas observamos mais diminui a ideia que fazemos da sua liberdade, aumentando a ideia que fazemos da necessidade a que está submetido.
(...) A gradação da liberdade e da necessidade maiores ou menores depende do lapso de tempo maior ou menor desde a realização do acto até à apreciação desse mesmo acto. Se examino um acto que pratiquei há um minuto em condições quase as mesmas em que me encontro actualmente, esse acto parece-me absolutamente livre. Mas se aprecio um acto realizado há um mês, ao encontrar-me em circunstâncias diferentes, a meu pesar, se não tivesse realizado esse acto, não existiriam muitas coisas inúteis, agradáveis e necessárias que derivam dele. Se me translado com a memória a um acto mais remoto, a um acto de há dez anos ou mesmo mais, então as suas consequências ainda se me apresentarão mais evidentes e ser-me-á difícil representar-me seja o que for, caso aquele acto remoto nunca tivesse existido.
Quanto mais retroceder na minha memória, ou, o que vem a dar na mesma, quanto mais projectar no futuro o meu juízo, tanto mais duvidosos me parecerão os meus raciocínios acerca da liberdade do acto realizado."

Leon Tolstoi, in 'Guerra e Paz'

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Conivência culposa

O Brasil cresceu visivelmente nos últimos 80 anos. Cresceu mal, porém. Cresceu como um boi mantido, desde bezerro, dentro de uma jaula de ferro. Nossa jaula são as estruturas sociais medíocres, inscritas nas leis, para compor um país da pobreza na província mais bela da terra. Sendo assim, no Brasil do futuro, a maioria da gente nascerá e viverá nas ruas, em fome canina e ignorância figadal, enquanto a minoria rica, com medo dos pobres, se recolherá em confortáveis campos de concentração, cercados de arame farpado e eletrificado. 
Entretanto, é tão fácil nos livrarmos dessas teias, e tão necessário, que dói em nós... A nossa conivência culposa.

(Darcy Ribeiro)

Tolerância não é Igualdade

"...Eu sou contra a tolerância, porque ela não basta. Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente ainda é pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro. Sobre a intolerância já fizemos muitas reflexões. A intolerância é péssima, mas a tolerância não é tão boa quanto parece. Deveríamos criar uma relação entre as pessoas da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância..." 


(José Saramago)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...