domingo, 4 de setembro de 2011

Limiar



No fim de tudo o que eu sei
De tudo que eu digo
... No fim de tudo o que enxergo
É onde você está...
É no limite das coisas que eu encontro você
É no silencio dos olhos que trago a névoa cintilante que ludibria o espetáculo e me faz crer em algo que nunca existiu
No limite líquido é que eu existo um ser viril...
Atravessando a ponte que crio até aí
Diante de toda a covardia brindo e mendigo uma terna e longínqua coragem
Insistindo nessa louca viagem por ilhas inóspitas nunca antes aventuradas
Por portos inseguros e ensolaradas praias que me mostram claramente a insanidade em que me encontro aqui agora
No limite de seu jardim, atirando pedras em sua janela... Pensando em como seria ir embora...
Como seria se o horizonte não obtivesse suas cores... Se o termômetro não tivesse o seu nome...Se os meus vícios não fossem por ti...
Mas ainda sim no limite de teus quadris insisto em ficar...
Até que o tempo venha borrar essa linda pintura que criei em seu esboço
Esse lindo sentimento que tenho toda vez que olho o seu rosto intensificando a liberdade única de criar e projetar desejos
Nesse sol escaldante do seu mundo esqueço todos meus receios flutuando rumo aos céus infinitos e herméticos
 Num cenário de certezas tropeço sendo herético
Pois o limite me faz crescer, ele me faz brincar...
O limite que me encanta ao ouvir sua voz me faz sonhar

Fernando Ribeiro (Sinnentleerten)

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