segunda-feira, 15 de julho de 2013

Dialética e Decálogos

O barulho da cegueira faz nascer uma curiosidade tal, que com o passar do tempo se transforma no mal... impulsionado pelas nossas vontades mais normais, que por serem cegas não as administramos, simplesmente as criamos e as trazemos a superfície real de nossos dias. Viciados dias...

É assim como despertar de um sonho quando aprendemos a enxergar e a nos perceber novamente... um milagre que nos faz saltar as lágrimas ao sentir que tateamos as formas, cheiros e barulhos que nos rodeiam com outra percepção... com o olhar... ingênuo e balbuciante olhar... pedante e jovem olhar...

Reavaliar, ter finalmente a oportunidade de reavaliar... Eis o grande milagre que faz nascer a nossa vã filosofia... Debaixo dos trópicos como indivíduos nos achar, nos doutrinar através de nossos anos no subsolo cego, escuro... Eis onde brota o significado que antes tentávamos dar as coisas mas que por falta de olhos, por falta de cor não tínhamos a mínima habilidade e nem sensibilidade para tal...

É quando o mundo não é ruim por que é ruim ou bom por que é bom, e sim o nós se enternecendo em nós mesmos e esbarrando em tudo que antes já esbarrava sem a preocupação determinista  interligada com os códigos... é simplesmente um "foda-se" aos códigos... um "foda-se" a um "falar bonito", a um "estar com a razão"... é nós com nós mesmos, verdades e mentiras... mais mentiras do que verdades, mais sozinho que com amigos, tão inimigo quanto amigo, mais volátil do que fixo... 

Mais livre parado do que escravo andarilho... Eis a corrosão...

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