terça-feira, 3 de junho de 2014

Chicken Little (Galinho) de Walt Disney em 1943

Fundamentalismo Idiota

Quando se está diante de um evangélico brasileiro temos a oportunidade de perceber o quão alto está seu nível de ignorância sobre os assuntos científicos, filosóficos, históricos e sociais que permeiam nossas vidas. 

Devemos levar em conta um fator simples, porém difícil de se dar no âmbito racional de nosso dia a dia para percebermos que afinal eles não representam um laço sábio quando continuam com vícios travestidos de virtudes presentes em seus credos desde o nascimento de suas fontes.

Lutero queria que qualquer um lesse a bíblia, ele pensou que qualquer um pudesse captar as mensagens bíblicas... Penso que enfim ele tenha errado assim como Lênin errou achando que operários poderiam administrar uma sociedade através da revolução.

Por mais que tendamos a pensar que o cristianismo medieval (aquele catolicismo com seu Papa e seus credos segmentados) fosse algo corruptor e cheio de problemas morais e éticos, precisamos levar em conta uma coisa. Por se tratar de uma instituição que na época carregava uma existência maior de mil anos que estava profundamente enraizada em tradições, rasgada e remendada em ordens religiosas. Ou seja, ao termos a acesso a São Tomas de Aquino, Santo Agostinho e outros grandes pensadores cristãos que elevaram a graça divina a patamares transcendentes e poéticos, percebemos que acima de tudo a Igreja Católica estava submersa a uma série de conhecimentos elevados pelo respeito a tradição existente a estrutura social de seu tempo. Fincados num passado de estudos aristotélicos e a utopia de um futuro teológico em suas teorias formularam teses em cima de questões éticas e morais nascidas num ambiente católico com centenas de anos de fundamentos e que não abria mão de estar ao lado dos cientistas dos novos tempos tentando achar e dar significado as novas leis cientificas que estavam emergindo.

Mesmo com episódios como o de Galileu (tendo de refutar conclusões cientificas em nome de acusações da Igreja), precisamos entender que por mais firme que tentassem ser com retaliações, eles sempre (com sua s maneiras hierárquicas e lentas) por fim acabavam absorvendo os novos conhecimentos aos seus métodos e tábulas.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Quem vai limpar o quarto de Gregor Samsa?


O filho a ser amado

Muitos pais que conheço e que são adeptos dos exercícios intelectuais filosóficos falam sobre o amor perante o filho de maneira reducionista as vezes.
Reducionista no sentido de colocar esse pensamento no meio de um viés pessoal, com alta carga afetiva no sentido social ao qual estão inseridos.
Parecem estar segurados mais aos dramas do relacionamento homem/mulher que por fim gerou o filho do que exatamente a significância do filho por si só.
Em discussões de bar, emails (nossas famosas sociologias de boteco rs) os argumentos são muitos. Falam sobre o amor paternal como uma imposição da sociedade, das normas, como uma castração que enfoca no filho uma esperança de continuidade de nossos valores.
Eu por estar mais trancafiado a teologia e ao existencialismo acabo levando esse tipo de reflexão para um lado mais antropológico.


domingo, 22 de setembro de 2013

Peter Pan no Asfalto

E assim eu cresci... 

Um Peter Pan talvez? Acho que não, não sou brincalhão, e não vivo de aventuras mágicas... Alíás, minhas aventuras parecem bem trágicas por sinal...

Eu cresci assim, lendo, ouvindo música, fazendo arte, trabalhando...  
Administrando meus vícios (muitas vezes sem sucesso) fui estabelecendo uma relação com a cidade que me criou... São Paulo e eu temos uma relação de amor e ódio. Ela me ofereceu os melhores lugares para estar, momentos com pessoas inesquecíveis, mas também foi muito hostil em alguns outros momentos também... 
Seus muros e suas cercas sempre bem delineadas estabeleceram comigo a ponte de diálogo onde por muitas vezes pude questionar as relações de poderes, e perceber o quanto não somos livres e quão é difícil ter uma ideia de liberdade e quão ambígua ela pode parecer.

sábado, 14 de setembro de 2013

Moléstias Mentais

A loucura como Erasmo de Rotterdam descrevera estaria em tudo... Como uma deusa estaria nas entranhas das coisas, nos símbolos, na linguística, nas relações, dentro e fora das pessoas estabelecendo a energia vital para que negássemos o caos como probabilidade em prol de regrinhas morais "civilizadas e humanizadas"... 

Quem o leu sabe que brincava, que aludia para desdenhar aqueles que se escondiam atrás da hipocrisia e da mediocridade, e que se aproveitavam dos desenhos hierárquicos sociais para comandar as mentes com mentiras, absolutismos, celibatos e formas idiotas de estados de honra... 

A obra de Erasmo influenciou muita gente durante o século XVI e até hoje é lido assim como Calvino na França e Lutero na Alemanha (porém, esses últimos voltados a uma nova postura e doutrina perante aos ensinamentos de Deus, o protestantismo).


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