terça-feira, 22 de abril de 2014

O filho a ser amado

Muitos pais que conheço e que são adeptos dos exercícios intelectuais filosóficos falam sobre o amor perante o filho de maneira reducionista as vezes.
Reducionista no sentido de colocar esse pensamento no meio de um viés pessoal, com alta carga afetiva no sentido social ao qual estão inseridos.
Parecem estar segurados mais aos dramas do relacionamento homem/mulher que por fim gerou o filho do que exatamente a significância do filho por si só.
Em discussões de bar, emails (nossas famosas sociologias de boteco rs) os argumentos são muitos. Falam sobre o amor paternal como uma imposição da sociedade, das normas, como uma castração que enfoca no filho uma esperança de continuidade de nossos valores.
Eu por estar mais trancafiado a teologia e ao existencialismo acabo levando esse tipo de reflexão para um lado mais antropológico.


domingo, 22 de setembro de 2013

Peter Pan no Asfalto

E assim eu cresci... 

Um Peter Pan talvez? Acho que não, não sou brincalhão, e não vivo de aventuras mágicas... Alíás, minhas aventuras parecem bem trágicas por sinal...

Eu cresci assim, lendo, ouvindo música, fazendo arte, trabalhando...  
Administrando meus vícios (muitas vezes sem sucesso) fui estabelecendo uma relação com a cidade que me criou... São Paulo e eu temos uma relação de amor e ódio. Ela me ofereceu os melhores lugares para estar, momentos com pessoas inesquecíveis, mas também foi muito hostil em alguns outros momentos também... 
Seus muros e suas cercas sempre bem delineadas estabeleceram comigo a ponte de diálogo onde por muitas vezes pude questionar as relações de poderes, e perceber o quanto não somos livres e quão é difícil ter uma ideia de liberdade e quão ambígua ela pode parecer.

sábado, 14 de setembro de 2013

Moléstias Mentais

A loucura como Erasmo de Rotterdam descrevera estaria em tudo... Como uma deusa estaria nas entranhas das coisas, nos símbolos, na linguística, nas relações, dentro e fora das pessoas estabelecendo a energia vital para que negássemos o caos como probabilidade em prol de regrinhas morais "civilizadas e humanizadas"... 

Quem o leu sabe que brincava, que aludia para desdenhar aqueles que se escondiam atrás da hipocrisia e da mediocridade, e que se aproveitavam dos desenhos hierárquicos sociais para comandar as mentes com mentiras, absolutismos, celibatos e formas idiotas de estados de honra... 

A obra de Erasmo influenciou muita gente durante o século XVI e até hoje é lido assim como Calvino na França e Lutero na Alemanha (porém, esses últimos voltados a uma nova postura e doutrina perante aos ensinamentos de Deus, o protestantismo).


terça-feira, 6 de agosto de 2013

"Uber!"

"...A linguagem é antes a casa do ser; ao morar nela o homem existe, a medida que compartilha a verdade do ser, guardando-a. O que importa portanto, na definição da humanidade do ser humano enquanto existência, é que o essencial não é o ser humano, mas o ser como a dimensão do extático da existência..."

(Martin Heidegger)

terça-feira, 30 de julho de 2013

Dicotomias e Caricaturas

Seríamos os Reformados?
Quase que profeticamente reformados “tout court” por uma mão invisível que Adam Smith descrevera no século XVIII? 
Estaríamos sendo educados hoje para que vícios “bolcheviques” do passado não pudessem emergir como toupeiras novamente e colocarem em cheque todas as escolhas políticas que a sociedade fez ao longo de nossa recente história moderna?
]
Reformados enfim como se tudo em volta fosse uma mera escolha entre a dicotomia homem lobo do homem (Hobbes) e homem bom, estragado pela vida em sociedade (Rousseu)? Como se nascêssemos maus e a sociedade fosse a responsável por nos tornar bons? Ou como se nascêssemos bons e a sociedade fosse a causadora de nossos males e vícios? Como ser ateu ou crente? Político ou apolítico? Etc, etc, etc... 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Um vício?

"...Quem fez da modéstia uma virtude esperava que todos passassem a falar de si próprios como se fossem idiotas. O que é a modéstia se não uma humildade hipócrita através da qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não tem?..."


(Arthur Schopenhauer)
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