Seria tão bom ser capaz de conseguir a todo momento olhar o
horizonte através de raciocínios e equações, tendo a capacidade íntegra de
olhar cada ponto que nos cerca e mensurar leis físicas, químicas e biológicas,
checar a resultados o tempo inteiro...
Ser um propagador da razão, da
dialética, e assim hospedar grandes balanços morais e científicos de nossa
época.
De Platão a Agostinho, Aristóteles a Kant, Leibniz a Carl
Sargan, misturar perspectivas, escolas, ser um Frankfurtiano, se perder em
Zizek, Sloterdijk...
E por fim ser um analista com métodos vastos chegando
sempre a resultados completos, concisos e consistentes.
Ser capaz de olhar de frente para mitos, e tipologias sempre
sem apego, com distanciamento básico, com matriz filosófica. E assim chegar ao
cume de martelar nossas mentes até que nossas sensações sejam sempre colocadas
em segundo plano... Dando valor e criando significados se cessar.
Mas desde sempre, em todas as sociedades, a poesia prevalece
em alguns seres, emoção e sentimento, vontade de voar, fazer mais, se
experimentar. Em palavras se perder...
E hoje, ainda precisamos destoar.
Por mais propensos que estejamos a balbuciar nossas
sociologias e linhas de pensamento, quando amadurecemos o que realmente importa
é nossa reforma postural ética e estética.
Com o tempo paramos com as manias juvenis de auto martírio,
e a checagem externa não é mais a nossa prioridade.

Através da flexibilidade nos tornamos mais intensos, esparsos,
“levemente pesados” aguentamos com mais dignidade as pancadas e nos tornamos
artistas sem compromisso a contingência vigente.
O tempo, desde sempre, realmente nos torna pessoas melhores,
mas só em contraponto àquilo que fomos e fizemos e não em comparação a mais
nada... Pois o “mais nada” sempre foi
ilusão imposta que de maneira submissa nos deixamos absorver, APENAS nossa inocência
e juventude que não nos deixava saber.
Fernando Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário