segunda-feira, 14 de maio de 2012

Eudaimonia


Ontem mesmo pude ver que quando a noite é fria todo calor não vale
Se sinto falta e a lembrança me invade... nada adianta sem você aqui
Sei que minhas atitudes não condizem
Que me afasto fácil dos laços de meus escritos
Mas você não viu...
não sentiu quando nesse frio desejei a ti... é, eu te quis
Com força eu gritei por dentro...
Me arrependendo de certas coisas, de ter dito o que não queria
De não ter dito o que precisava e das vezes em que troquei a solidão por parcerias nulas


Não há cautela que eu possa ter para barrar os rascunhos que saem de mim
Erro! E erro fragilmente como erra quem não tem aptidão
acho que de tanto querer não soube e não sei viver, falta ou sobra coração

Desnutrido de valores, o que tenho a oferecer são só gotas das noites que me molharam
marcas invisíveis sem serventia da garoa fina...
Mas já faz parte de mim perder o tempo que não para
Já sei que existem coisas que nunca aprenderei
No frio eu sei... tremendo, interpretando um papel, escolhendo o que vestir
Ser o melhor daquilo que julgo errado...
Em dois mundos divididos, o que eu vivo e o que quero abraçar...
Muitos são os lados


Meus vinte e cinco passam rápido nessa cidade cinza, “lentamente rápido”
Minha malandragem se perde no travesseiro, e nenhuma foto mostraria o que realmente sou
Onde estou é o que menos importa... sempre sei pra onde ir
Mas o que sou, um pesadelo é bem vindo em madrugadas cheias de gente...


Amar a mim é como amar uma pedra, severa, sem vida...
De todos os “eu te amos” que ouvi, acho que nenhum realmente sabia o que estava amando...




Fernando (Sinnentleerten)

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