"...A cultura é uma das formas de libertação do homem. Por isso, perante a política, a cultura deve sempre ter a possibilidade de funcionar como antipoder. E se é evidente que o Estado deve à cultura o apoio que deve à identidade de um povo, esse apoio deve ser equacionado de forma a defender a autonomia e a liberdade da cultura para que nunca a acção do Estado se transforme em dirigismo..."
domingo, 10 de fevereiro de 2013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
A favor ou contra a revolução francesa?
Só consigo dialogar com pensadores que tiveram a
contundência frente aos obstáculos exercidos pelo niilismo... E isso não é uma
questão de números e de leis, mas sim a subjetividade em conflito junto ao que
temos e o que representamos... com inferno sendo os outros, e se isso não for uma certeza, ou muito menos um circuito da verdade, então ficamos prolixos, presos a demonstrações e ensinamentos advindos de pensadores que NÃO tiveram a contundência frente aos obstáculos exercidos pelo niilismo.
Sinnentleerten, F.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
A virtude CONTEMPORÂNEA E MODERNA

Fernando.Sinnentleerten
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Correção
Correção! Não deves compreender a ida.
Acorda cedo... Acorda pra ver quanto tempo perdeu com tanta areia na vista.
O corpo decompõe... o corpo decompõe aos poucos e não há nada que devolva a sensação de ainda termos tanto a viver, termos tanto a ver com correntes nas pernas; e a boca em xilocaína não deixando saber, não deixando sentir o gosto das sobremesas pelas quais trocamos nossas vidas.
Correção! Em "dialética materialista" erguemos estátuas faraônicas que representam arquétipos da satisfação em versões que não rodam em Linux, e que não vão deixar teu acesso ultrapassar a segurança da rede.
O que farias ao constatar que a Dolly de Jeová tem o DNA de Gates e Lênin, e que curamos a revolução sexual com sarcomas de kaposi e nosso quintal armazena teus erros e acertos; e que brindamos ao mesmo "O Capital" estudado em Harvard e pelo qual reciclamos utopias em petróleo?
Pandora, agora é tarde demais, o Zyklom B está por toda parte e estáticos frente a comerciais movemos dínamos e engrenagens: Trabalhar e prosperar, estudar e alcançar o nirvana patriarcal... Aprender a processar e a parcelar as dívidas.
Kafka, morfina e Anthrax.
Correção! Música popular deve anestesiar as mentes em refrões atóxicos...
Nenê Altro
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Opção
“...Decorre que não existe o sim e o não, o querer e o
negar, o viver e o morrer... No fim, o que evidencia nossa passagem pela
existência são nossos sentidos, que de maneira absurda frente ao caos absorve e
repele tudo, mesmo quando opta pelo nada...”
Fernando Sinnentleerten
...A verdadeira substância de toda a arte...
"A serenidade não é feita nem de troça nem de narcisismo, é conhecimento supremo e amor, afirmação da realidade, atenção desperta junto à borda dos grandes fundos e de todos os abismos; é uma virtude dos santos e dos cavaleiros, é indestrutível e cresce com a idade e a aproximação da morte. É o segredo da beleza e a verdadeira substância de toda a arte.
O poeta que celebra, na dança dos seus versos, as magnificências e os terrores da vida, o músico que lhes dá os tons de duma pura presença, trazem-nos a luz; aumentam a alegria e a clareza sobre a Terra, mesmo se primeiro nos fazem passar por lágrimas e emoções dolorosas. Talvez o poeta cujos versos nos encantam tenha sido um triste solitário, e o músico um sonhador melancólico: isso não impede que as suas obras participem da serenidade dos deuses e das estrelas. O que eles nos dão, não são mais as suas trevas, a sua dor ou o seu medo, é uma gota de luz pura, de eterna serenidade. Mesmo quando povos inteiros, línguas inteiras, procuram explorar as profundezas cósmicas em mitos, cosmogonias, religiões, o último e supremo termo que poderão atingir é essa serenidade."
Hermann Hesse, in 'O Jogo das Contas de Vidro'
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Não elogio simplesmente o vício e lógico que não podemos generalizar que tudo na virtude seja ruim e no vício seja bom, mas com uma ampliação da perspectiva sobre suas funções acredito que podemos chegar mais perto da ética aristotélica, que tem como objetivo final ANTES da felicidade, assegurar que o indivíduo consiga ver suas convicções passíveis de transformações independente de sua essência, com a potencialização de seus sentidos, e assim peneirar as coisas sem ficar preso as imposições primárias da vida em grupo. Um eterno questionar metafísico.
Pois só ajustando e modificando as disposições é que conseguimos chegar perto da racionalidade realmente compatível com nosso caráter.
Como acredito que a razão é uma coisa que NÃO se ensina utilitária e politicamente, mas sim que o próprio indivíduo é capaz de lapidar conforme sua rebelião interna vai dando abrigo ao devir, acho que a aceitação dos vícios e uma negação da virtude imposta é primeiro passo para a independência do pensamento (uma certa inversão de alguns valores).
Quando você lê os livros que você quer, indo ao sebo e a livraria, procurando algo compatível ao que está pensando e buscando em seu movimento filosófico, é muito mais independente daquilo que na academia professores lhe indicam para ler e que logo terá de fazer prova para mostrar o que entendeu...
Na academia seu pensamento, suas virtudes e vícios intelectuais estão expostos ao julgamento.
Como o Liceu de Aristóteles morreu (Que enxergava que o homem só é feliz se puder desenvolver e utilizar suas capacidades e possibilidades para uma vida boa e digna), hoje só ficou essa forma de estudar em que um professor dá a direção "correta" e o aluno tem de caminhar por aquele caminho, onde o caráter do professor tem de ser respeitado sem levar em conta o aluno (aliás muitas escolas adoram dizer que respeitam o aluno como "ser humano", ou seja, já descarta a possibilidade de analisá-lo sem ideologia), vejo que seria papel sim do Estado a educação, mas filosoficamente acho que o papel do pensador é sair dessa onda política e entrar muito mais como um agente que possibilita a provocação e a reflexão do que alguém que dita a direção.
Isso sim seria Aristóteles nos dias de hoje. Algo mais visceral no que diz respeito a assuntos e dilemas envolvendo vícios e virtudes e nada pragmático..."