quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Bem Avesso...

Uma coisa que fica clara quando temos como premissa obter por fim em nossas mãos o poder e o controle sobre as situações que são alheias as nossas vontades, é a evidência nítida de que a presença de um possível acaso e aleatoriedade dos fatos nos incomoda. Dessa forma, o homem ao estilo Quixotesco, em nome de um tal bem e de uma tal paz que só ele vê, é capaz de criar quimeras, carrascos, argumentos morais, tudo em nome dessa tal necessidade mundana de estar sempre, mesmo que de forma narcísica, "por cima da carniça" (como diria minha falecida avó).

O fato de certas pessoas colocarem Deus como fundamento de suas vidas não me incomoda, o que me incomoda é a inaptidão de algumas pessoas em não respeitarem aqueles que não O tem como premissa em suas vidas.

Família, credo, cultura, preferências literárias, artísticas, de entretenimento, etc... acho que chegamos num ponto onde há espaço para todos os gostos, valores e prioridades para quem vive em nossa sociedade sem que se precise estar a todo momento exposto ao julgamento "demonizador" de ninguém. E pelo peso que o cotidiano carrega, cada um utiliza a ferramenta que lhe achar necessária para separar aquilo que considera "sagrado" daquilo que interpreta como "profano" em sua vida particular sem estar preso dogmaticamente a fanatismos e afins.


Fundamentar o mundo com convicções não investigativas pelo simples fato de você não ter discernimento para lidar com as diferenças entre as pessoas, e não ter capacidade em adquirir novos conhecimentos que possam lhe instruir o elevando para outros níveis de compreensão é no mínimo covardia, para não dizer outra coisa.

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